Foram oito votos contra um, o suficiente para que os ministros do Supremo Tribunal Federal decidissem que para exercer a profissão de jornalista, não seria mais obrigatório o diploma da graduação. O Decreto-Lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar. Com base na decisão do STF, 2010 registrou uma considerável queda na procura do curso em algumas universidades estaduais, o número de candidatos caiu no curso de jornalismo da USP, UNESP (Universidade Estadual Paulista) e UFPR (Universidade Federal do Paraná), segundo o portal R7.
Já para o estudante Renan Bosquilia, recém formado em Rádio e TV, que agora cursa Jornalismo, diz ser contra a decisão e que ter diploma é necessário para exercer a profissão. Contudo para quem está começando, Jéssica Poliani aluna de 1º semestre, diz ter ingressado na faculdade por vocação e por opção feita anos antes, e que independente da decisão em abolir a obrigatoriedade, não iria mudar sua escolha. Para a também caloura Fabiana Barrios, que desistiu do curso de Geografia para estudar Comunicação Social em Piracicaba, diz que a decisão em mudar de curso remete-se à procura por satisfação pessoal.
Segundo o site de noticias da UOL, Gilmar Mendes, relator que votou contra a decisão de obrigatoriedade do diploma, diz não significar automaticamente o fechamento dos cursos. O relator afirmou também que “a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão.” Nesse ano a faculdade de Piracicaba, comemora 30 anos de existência do curso no campus Taquaral.
Rosemary Bars Mendez - Professora do curso de Jornalismo
Paulo Roberto Botão - Coordenador do curso de Jornalismo da Unimep
Daniane Gambaroto - 7º semestre Jornalismo
Renan Bosquilia - 5º semestre Jornalismo
Jessica Poliani - 1º semestre Jornalismo
Fabiana Barrios - 1º semestre Jornalismo